Documentário. 97’. Fortaleza/Ceará. 2020
Direção: Natália Gondim
Que jovem escolheria viver da arte num país que consome obras, mas não valoriza a carreira artística? Que mulheres escolheriam se empoderar do corpo feminino num país onde a violência do outro é culpa da vítima? O que falta para sentirmos a liberdade que ainda nos é restrita? Em ondas constantes de expansões e retrações, a arte movimenta grandes conquistas sociais e cria novas conexões humanas que transformam a história coletiva. Em Fortaleza, um encontro de mulheres abre as portas para que jovens artistas compartilhem suas diversas experiências como mulheres. Lutando contra as injustiças criadas pela desigualdade social, de gênero e raciais, responsável por impedir incontáveis mulheres de exercer suas carreiras e realizar seus sonhos, as histórias dessas mulheres fazem parte do nosso cotidiano. Entre sombras e luzes que nos permitem ver o nosso presente, até quando escolheremos invisibilizar os erros do passado? E quando começaremos a iluminar aquilo que queremos ver no futuro? Na imaginação das artistas, manifestam-se os avanços e edificam-se os primeiros tijolos do mundo que tantas desejaram um dia habitar enquanto viveram.
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Natália Gondim é mestre em Mediação Cultural no Mediterrâneo pela Universidade Ca 'Foscari Venezia, Universidade Autônoma de Barcelona e Universidade Paul-Valéry Montpellier, foi bolsista do programa Master MIM: Cruzando o Mediterrâneo. Durante o bacharelado em Relações Internacionais pela UFRJ, atuou como estagiária de comunicação da Médicos Sem Fronteiras Brasil. Contribuiu e geriu projetos de mediação cultural, como voluntária, para temas relacionados com a questão de refugiados no Brasil, Grécia, Israel e Palestina. É co-diretora do filme Les Statues de Fortaleza (2019), documentário sobre a situação de refugiados venezuelanos no Brasil, exibido em diversos países pela ONU no Global Migration Film Festival da OIM e o Festival da Anistia Internacional para Direitos Humanos, na França.
